Infecção Urinária (ITU)

No ínicio desta semana, sofri muito com os sintomas da famosa infecção do trato urinário (ITU).  Dor, ardência e urgência para urinar, incômodo no baixo ventre. Fui rapidamente para o atendimento de urgência, fiz o exame de urina e já estou em tratamento !! Como muitas pessoas já sofreram com algum sintoma desta infecção, hoje o post é exclusivo sobre o assunto. A ITU é caracterizada pela presença de micro-organismos na urina, o que leva à inflamação das vias urinárias e, em casos mais graves, dos rins. A infecção pode ser causada por bactérias, vírus ou fungos que se multiplicam ao redor da uretra e conseguem atingir a bexiga. Infelizmente metade das mulheres passa por esse problema pelo menos uma vez na vida. Não resta dúvida, estamos mais suscetíveis a essa doença: para cada homem, existem 20 mulheres com esse tipo de infecção !
 

Quais as causas da infecção urinária ?

A maioria dos casos é decorrente de uma contaminação ascendente, via uretral por bactérias que normalmente colonizam a região do períneo e que fazem parte da flora intestinal habitual.  Sabe-se que cerca de dois terços das mulheres experimentam, no mínimo, um episódio na vida, 23% dessas pacientes têm dois episódios e 5% têm recorrências. 

Por que a infecção urinária é mais frequente em mulheres ?

As mulheres possuem uma uretra mais curta e além disso, sua posição anatômica facilita a contaminação durante a relação sexual, por exemplo. Homens normalmente só apresentam ITU se a infecção apresentar origem hematogênica, ou seja, estiver associada ao uso de sonda vesical ou se o indivíduo apresentar alterações anatômicas e/ou funcionais do trato urinário inferior.

A infecção urinária é contagiosa  ?

Não e também não pode ser transmitida entre indivíduos. A contaminação depende basicamente do organismo de cada pessoa.  

Quais são os sintomas e como é feito o diagnóstico ?

Os principais sintomas são ardor ao urinar, vontade de ir ao banheiro com frequência e sangramento urinário. O paciente ainda pode apresentar febre associada. Para diagnosticar a infecção urinária é necessária a realização de um exame de cultura de urina. No entanto, o seu resultado demora dias. Para que não se aguarde tanto para iniciar o tratamento, via de regra um exame mais simples, e de resultado rápido é utilizado: a urina tipo 1. 

Como é feito o tratamento ?

As infecções urinárias simples, no caso da cistite, normalmente são tratadas em sete dias com antibióticos. A presença de sintomas mais sérios (febre, confusão, náuseas, vômitos, etc.) é um sinal de que as bactérias se espalharam para a corrente sanguínea e  neste caso, pode ser necessário internação para tratamento endovenoso. É muito importante que o tempo de tratamento seja respeitado e seguido, mesmo após o desaparecimento dos sintomas ! E não vale o remédio da amiga, nem analgésico. A bactéria só acaba mesmo com antibiótico ! Uma vez medicado, os sintomas desagradáveis desaparecem em cerca de dois dias.
 

Quais os cuidados que devemos tomar para evitar a infecção urinária ?

De maneira geral, pacientes com predisposição, com alterações anatômicas ou funcionais do trato urinário, devem ingerir cerca de um litro e meio a dois litros de água por dia. Tomar bastante líquido reduz o risco de contaminação, pois a água "lava" o sistema urinário. Outro cuidado recomendado é fazer xixi depois do ato sexual. Se durante a atividade alguma bactéria do períneo se aproximou da uretra, um jato forte de urina ajuda a eliminar a invasora. As mulheres podem prevenir a doença tratando de infecções ginecológicas prontamente e com a higiene adequada da região íntima, sobretudo, na hora de usar o papel higiênico.

A ITU pode voltar ?

Pela anatomia feminina, o risco de contaminação sempre existe. Das mulheres que tiveram cistite uma vez, 25% voltam a se contaminar. No caso de recidivas frequêntes, consulte um especialista para avaliar o funcionamento do aparelho urinário. Outra hipótese, mais comum, é que as vítimas constantes da cistite têm um tipo de mucosa, tanto da vagina como da uretra, que favorece a aderência da bactéria e com isso a contaminação. Aqui, a fragilidade é hereditária e, certamente, há outras pessoas na família com o mesmo problema.